Vivandeiras
As Vivandeiras aparecem nos exércitos de Napoleão onde essas mulheres (Vivandière) seguiam em marcha acompanhando seus cônjuges, parentes e amantes servindo-lhes com alimentos, água e munição. A presença das Vivandeiras foi marcada na guerra do paraguay, a atuação feminina, ficou em segundo plano, na retaguarda, sendo cozinheiras cuidavam das roupas dos militares, eram enfermeiras dos feridos e doentes, com remédios em sua base ervas medicinais, satisfaziam desejos sexuais,cuidando dos feridos, comercializando e até mesmo carregando a pé a carga das tropas e seus filhos. Outras, indo mais alem pegavam em armas e lutavam com seu companheiros nos campos de batalha. Que só se tornaram visíveis caso tivessem realizado algum ato de bravura, todavia, quando muito citavam apenas o primeiro nome e usavam apelidos racistas para descrevê-las.
Recém saídas da adolescência, que serviam seus corpos entregando-se a oficiais, serem por vezes violadas, estupradas, entres a prostituição. Uma das praticas era a degola dos inimigos após serem obrigadas a transar com eles, onde depois do ato elas degolavam ou apunhalavam ate a morte.
Sem honras, estatuetas nem medalhas, mulheres esquecidas pela historia, raquíticas caídas nos campos de batalhas da historia feminina , morreram sendo parceiras incondicionais ,andarilhas, esposas, mães, comerciantes, guerreiras, enfermeiras, companheiras, amantes, prostitutas, muitas vezes consideradas Assim como tantas ouras esquecidas,chinas, índias, curandeiras, cativas ou as negras, personagens marginalizadas e excluídas.
CANÇÃO DA VIVANDEIRA
Ai que sorte tão bem escolhida
Ai que vida pra meu coração
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Vivandeiras, por João Antunes- Portal das Missoes
A ATUAÇÃO DAS MULHERES NA GUERRA DO PARAGUAI: ENTRE MITOS E HISTÓRIA, MUITAS PERSONAGENS IMPORTANTES
A Vivandeira - Musica Popular dos Açores publicada no sec. XIX.(1882)
MATOS, K., Jovita Feitosa, p.20
Será
possível que o belo sexo de algumas províncias esteja dando o exemplo,
oferecendo-se para o serviço de guerra e alguns Senhores Oficiais do efetivo
serviço ainda empregados nas fortalezas e comissões outra que podem ser
substituídos pelos reformados!!!! (DOURADO, 2005 p.97)
Recém saídas da adolescência, que serviam seus corpos entregando-se a oficiais, serem por vezes violadas, estupradas, entres a prostituição. Uma das praticas era a degola dos inimigos após serem obrigadas a transar com eles, onde depois do ato elas degolavam ou apunhalavam ate a morte.
Sem honras, estatuetas nem medalhas, mulheres esquecidas pela historia, raquíticas caídas nos campos de batalhas da historia feminina , morreram sendo parceiras incondicionais ,andarilhas, esposas, mães, comerciantes, guerreiras, enfermeiras, companheiras, amantes, prostitutas, muitas vezes consideradas Assim como tantas ouras esquecidas,chinas, índias, curandeiras, cativas ou as negras, personagens marginalizadas e excluídas.
CANÇÃO DA VIVANDEIRA
Ai que vida que passa na
terra
Quem ouve o rufar do tambor
Quem não canta na força da guerra
Ai, amor, ai
amor, ai amor
Quem a vida quiser verdadeira
É fazer-se uma vez vivandeira
Só na
guerra se matam saudades
Só na guerra se acabam as
vaidades
Só na guerra não custa morrer
Ai que vida, que vida
Ai que sorte tão bem escolhida
Ai que vida que passa na guerra
Quem pequena na guerra viveu
Quem
sozinha passando na terra
Nem o pai, nem a mãe conheceu
Quem a vida quiser
verdadeira
É fazer-se uma vivandeira
Ai que vida é esta que eu passo
Com tão
lindo gentil mocetão
Se eu depois da batalha o abraço
Ai que vida pra meu coração
Que ternura cantando ao tambor
Ai amor, ai amor, ai amor
Que harmonia
tem a metralha
Derrubando fileiras sem fim
E depois, só depois da batalha
Vê-lo
salvo, cantando-me assim
Tuas marchas te fazendo trigueira
Mais te amo gentil
vivandeira
Não me assustem trabalhos da lida
Nem as balas me fazem chorar
Ai que
vida, que vida, que vida
Esta vida passada a cantar
Que eu lá sinto no campo o
tambor
A falar-me meiguices de amor
Mas deixemos os cantos sentidos
Estes cantos
do meu coração
E prestemos atentos ouvidos
Rataplão, rataplão, rataplão
Rataplão, rataplão, que o tambor
Vai cadente falando de amor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Vivandeiras, por João Antunes- Portal das Missoes
A ATUAÇÃO DAS MULHERES NA GUERRA DO PARAGUAI: ENTRE MITOS E HISTÓRIA, MUITAS PERSONAGENS IMPORTANTES
A Vivandeira - Musica Popular dos Açores publicada no sec. XIX.(1882)
MATOS, K., Jovita Feitosa, p.20
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